domingo, 1 de março de 2015

RIO 450... É hoje!


Pintura a aquarela de Elizabeth Dias


Ah!... esse RIO QUE MORA NO MAR
da geografia divina

Ah!... esse RIO QUE MORA NO MAR
que mesmo antes da era do modismo do compartilhamento, isso já praticava,
acolhendo quem por aqui chegava, de braços abertos, cariocando os de todos os cantos

Ah!... esse RIO QUE MORA NO MAR
do Leme ao Pontal, que não há outro igual, como diria Tim Maia

Ah!... esse RIO QUE MORA NO MAR
dos garçons, taxistas, cozinheiros; dos bolinhos, sardinhas,do biscoito de polvilho, do mate e limão

Ah!... esse RIO QUE MORA NO MAR
das esquinas, dos mosaicos das pedrinhas portuguesas,e até dos postes tortos de Ipanema

Ah!... esse  RIO QUE MORA NO MAR
da bola rolando no Maracanã que encolheu

Ah!... esse  RIO QUE MORA NO MAR
dos algodoeiros que  deixam as calçadas amarelas, dos alaranjados e vermelhos dos flamboyants e de tantas amendoeiras e suas amêndoas despencantes que colocam em risco nossas cabeças

 Ah!... esse  RIO QUE MORA NO MAR
das famílias de micos que hoje pulam pelos galhos, andam pela fiação da cidade desafiadoras e sem receio, a qualquer hora

Ah!... esse  RIO QUE MORA NO MAR
das muitas transformações ruins que vi de 65 - o garboso IV Centenário -  até hoje, principalmente do que se foi como o silêncio nas praças, da memória da edificação destruída, das nossas areias invadidas e desrespeitadas

Ah!... esse  RIO QUE MORA NO MAR
da baía, das lagoas, mangues e palmeiras

Ah!... esse  RIO QUE MORA NO MAR
que luta contra a sua destruição 

Ah!... esse  RIO QUE MORA NO MAR
que apesar de... acaba num instante com qualquer tristeza

Ah!... esse  RIO QUE MORA NO MAR
MEU RIO... QUE COMO CARIOCA DA GEMA...EU SEMPRE HEI DE AMAR




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