Houve um tempo em que o o bem público era propriedade do rei de Portugal.
O que chamamos de peculato – apropriação de dinheiro público em proveito próprio – não chegava a ser uma irregularidade. O que se proibia não era a prática em si, mas o excesso.
Punição prevista em lei foi o que não faltou na história do Brasil e, em especial, na história republicana, época - comprovada em documentos - que nunca se roubou tanto na história deste País.
Vale ressaltar
que os republicanos reconheciam em Pedro II uma virtude: a da correção pessoal.
foi o udenismo de oposição a Vargas, nos anos 1950, quem deu à corrupção
a marca individual :a falta de moralidade das
pessoas a maior fonte de problemas de corrupção.
Corruptos, a partir daí, passaram a ser ... os indivíduos.
Dizem, o brasileiro é um povo alegre e moleque. Não, não somos nem
alegres e nem moleques. Um povo que ri de sua miséria é um povo triste.
João Ubaldo Ribeiro escreveu
um artigo antológico onde chama a atenção para o fato de que somos nós
mesmos que criamos esse estado de coisas.
Nós elegemos o
safado, o ladrão, o traficante, o analfabeto para compor a casa que dá
origem ao arcabouço da legislação brasileira.
...como há 100 anos, em 1914. Em discurso no Senado Federal, Rui Barbosa disse
"De
tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de
tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da
honra, a ter vergonha de ser honesto."
Dilma Roussef participou de um dos assaltos mais comentados da
história do Rio: ao cofre do ex-governador Ademar de Barros, uma ação armada
comandada em 1969 por ela e pelo que viria a ser seu futuro marido, Carlos
Araújo, que depois foi deputado pelo PDT.
Aconteceu numa imponente mansão do bairro Santa Tereza e ocorreu na tarde de 18 de julho de 1969.
A Vanguarda Armada
Revolucionária -VAR-Palmares, ainda em fase de implantação - aliada estratégica da VPR, grupo liderado pelo
ex-capitão Carlos Lamarca - necessitava de dinheiro. Havia informações sobre o caixa dois de Adhemar de Barros obtidas por Juarez
Guimarães de Brito, o Juvenal, um dos seus membros e a fonte era quente: Gustavo Schiller, garoto que estudava no Colégio Andrew, no bairro Botafogo, e comentou com
colegas que o cofre com a “caixinha do Adhemar” estava guardado na casa
onde morava com seu tio.
Seu tio eraAarão Burlamaqui Benchimol, irmão deAna Guimol Benchimol Capriglione,
UM PARÊNTESES: à época , Ana era conhecida amante do governador Adhemar de Barros,casado com d. Leonor. Com Ana , Adhemar viajava, comparecia a muitas festas e recepções. Inclusive quando morreu, em Paris, quem lá estava com eleera Ana que tratou dostrâmites burocráticos para traslado do corpo.
Foi prato cheio.
Planejamento feito, na tarde do dia 18, a bordo de três veículos, um grupo formado por onze
homens e duas mulheres, todos da VAR-Palmares, chegou à mansão onde morava o cardiologista Aarão, na rua Bernardino dos Santos.
Adhemar e Ana
Quatro guerrilheiros ficaram em frente à casa. Nove entraram,
renderam os empregados, cortaram as duas linhas telefônicas e
dividiram-se: um grupo ficou vigiando os empregados e outro subiu ao
quarto para chegar ao cofre. Pesava 350 quilos. Devia deslizar sobre uma
prancha de madeira pela escadaria de mármore, mas acabou rolando escada
abaixo. A ação durou 28 minutos e foi coordenada por Dilma Rousseff.
Dilma Roussef não gosta de falar sobre o episódio e sua biografia oficial omite
totalmente o passado de armas, mortes e assaltos.
Dilma liderava com Carlos a organização VAR
Palmares, já na época aliada estratégica da VPR, grupo liderado pelo
ex-capitão Carlos Lamarca. Dilma e Carlos Araújo roubaram o cofre com tudo dentro, usando um sistema
de roldanas. Depois ele foi aberto com a ajuda de maçaricos. Dentro dele estavam
US$ 2,16 milhões.
O dinheiro, segundo relatos, foi dividido "em três malas de 400mil dólares cada
uma" e ficou cerca de uma semana, "em um apartamento à rua Saldanha Marinho,
onde morava Dilma" .
Onde foi parar o dinheiro ?
O destino desse dinheiro é um mistério. Nenhum dos envolvidos na ação, direta ou indiretamente,
comenta, Ou fala que isso que não tem mais importância
nenhuma.
Curiosa é a semelhança com os dias atuais. A roubalheira corre solta e Dilma não sabe, não vê. Parafraseando dois clássicos da midia... " O tempo passa, o
tempo voa e ... as pessoas continuam numa boa...”
Leblon: Com valor do metro quadrado médio de R$ 39.068, a
Delfim Moreira é a rua mais cara do bairro (e dos país), seguida pela
General Venâncio Flores (com R$ 26.281) e a Rita Ludolf (R$ 26.517).
Ipanema: O destaque é da Vieira Souto (R$ 37.471). Em
seguida, vem a Aníbal de Mendonça (R$ 26.105) e a Nascimento Silva (R$
20.074).
Gávea. Rua Professor Manuel Ferreira (R$ 21.276), Marquês de São Vicente (R$ 17.856) e Artur Araripe (R$ 16.915).
São Conrado. As ruas mais caras são Prefeito Mendes de
Morais (R$ 19.791), Avenida Álvaro Alberto (R$ 15.546) e Estrada do Joá
(R$ 15.110).
Copacabana. São elas: Avenida Atlântica (R$ 18.554), Joaquim Nabuco (R$ 16.057) e Rainha Elizabeth (R$ 14.446).
Barra da Tijuca. Avenida do Pepê (R$ 17.525), seguida por Lúcio Costa (R$ 15.972) e Gilberto Amado (R$ 11.820).
Botafogo. Destaque para as ruas Eduardo Guinle (com metro
quadro médio a R$ 16.247), Sorocaba (R$ 13.896) e Dona Mariana (R$
13.562).
Flamengo. É a Avenida Rui Barbosa (R$ 12.151), seguida pela Avenida Oswaldo Cruz (R$ 12.087) e Praia do Flamengo (R$ 11.972).
Tijuca. As ruas mais caras são: Homem de Melo (R$ 9.079), Itacuruçá (R$ 8.345) e Andrade Neves (R$ 8.688).
Méier. O destaque é a Rua Silva Rabelo (R$ 6.470).
manchete do jornal O GLOBO de 26 de dezembro de 1983
Os anos 80 decretaram a venda do terreno e o cinema acabou.
E em seu lugar, hoje, o Hotel Pestana.
Mas
o Cine Rian foi palco de grandes lançamentos, sucessos e festivais.
Além de sua localização de grande charme: em plena Avenida Atlântica.
Nair de Teffé , a caricaturista Rian, foi a patrona do cinema. Em 1935 ela foi a primeira a comprar o terreno, onde existiam três casas e ali mandou construir um prédio residencial de cinco andares e dez apartamentos. Em 1947 foi comprado pelo Grupo Severiano Ribeiro que instalou seu cinema. Até os anos 70 ele foi bastante rentável, inclusive pelas suas famosas sessões à meia-noite. Mas em 1975 um incêndio quase o destruiu e ficou fechado por dois anos e após a reabertura resistiu poucos seis anos.
No final do ano de 1983 perdia o Rio o cinema de 922 poltronas vermelhas, o estilo austero de cortinas pesadas, chão de pastilhas formando desenhos geométricos, luzes de bronze e espelhos de cristal. Excalibur, filme de John Boorman, com Nigel Terry,
Helen Mirren,
Nicholas Clay foi o último filme exibido.
Em 1956 no lançamento do feérico Ao Balanço das Horas - Rock Around the Clock, com Bill Haley
Final dos anos 1970
na exibição do clássico O Outro Lado da Meia -Noite
A história de Taiguara Chalar da Silva começa a 9 de outubro de 1945, em Montevidéu, onde nasceu, esua carreira musical no João Sebastião Bar, um dos pontos de
encontro dos artistas na década de 60, situado pertinho do Mackenzie,
onde estudava Direito. Por lá se encontrava com Chico Buarque, Claudete
Soares, Geraldo Vandré, Airto Moreira e muitos outros que pontificavam
na meca paulista da Bossa Nova.
Tendo como padrinhos artísticos Chico e Claudete foi
convidado pela Philips para gravar. Seu primeiro LP, foi produzido por Luiz Chaves, do Zimbo Trio. Nessa época, Taiguara participou de um show produzido pela dupla
Mieli e Bôscoli, chamado Primeiro Tempo 5xO, com Claudete Soares e Jongo Trio.
O show fez
muito ,muito sucesso e ficou três anos em cartaz no Rio de Janeiro. Ali nasceu sua composição "Hoje", seu maior sucesso.
A fase gloriosa foi a dos festivais.
Taiguara conquistou o l ° lugar no festival Brasil Canta no Rio, com
Modinha, de Sérgio Bittencourt (filho de Jacob do Bandolim), recebendo o
prêmio de melhor intérprete.
Também foi 1° lugar no 1°. Festival Universitário da
Música Brasileira, com Helena, Helena, Helena, de Alberto Land, em 1969.
No 2° Festival Universitário da Música Brasileira ficou em 2°
lugar com Nada sei de eterno, de Silvio Silva Júnior e Aldir Blanc, bem
como o prêmio de melhor intérprete.
Taiguara foi quatro vezes finalista
do Festival Internacional da Canção, como compositor e intérprete,
destacando-se comChora, coração, de Vinícius e Baden Powell e com a lindíssima Universo do teu corpo, de sua autoria.
Essa música guarda uma história curiosa, pouco divulgada.
Taiguara desabafou na revista Fatos e Fotos, de 12 de novembro de 1970:
“Quando
resolvi concorrer não podia imaginar que as pressões econômicas fossem
tão grandes. Todo mundo achava que eu merecia o primeiro ou o segundo
lugar, mas como gravo pela Odeon e não pela Philips (e o júri era
composto pelo pessoal da Philips), me deram o oitavo lugar. Isso me
deixou desesperado, mas ainda assim procurei me acalmar. Afinal, o
público do Maracanãzinho estava do meu lado, me aplaudindo e vaiando o
júri, que não teve a coragem de dar a colocação que eu merecia. Mas, o
que me deixou doente mesmo foi eu ter sido convidado para a festa de
encerramento, segunda-feira à noite no Teatro Municipal e na última hora
ter sido cortado. Isso foi um dos maiores trambiques que sofri na
vida..."
Taiguara tinha feito uma roupa especial para a festa:
“...Agora eu entendo
tudo: não interessa à TV Globo que o público conheça minha música,
porque não sou contratado dela e comecei na TV Tupi, num programa de
Flávio Cavalcanti"
A década de 70 foi uma sucessão de prêmios, turnês, circuitos universitários e viagens internacionais. No auge de sua carreira começou a sentir os efeitos da censura: mais de 80 músicas vetadas pela Censura Federal!
Por não conseguir cantar, gravar nada, desistiu de cantar no Brasil, saiu do país e quando voltou ficou isolado e esquecido, embora compondo e fazendo shows. Morreu aos 50 anos de câncer.
Foi um
guerrilheiro da palavra, como dizem, pois era
incapaz de pegar numa arma. Suas armas sempre foram o som emocionado dos instrumentos - o piano, o violão, o
bandoneon... - e, principalmente, as letras de suas músicas, verdadeiras poesias.
As manchetes estampavam a final do FIC, Festival Internacional da Canção, no Maracanãzinho, cujo júri escolheu Cantiga po Luciana
e a platéia, Love is All.
Hoje com a distância do tempo, dá pra ver que o júri tinha razão.
Belo poema em forma de canção.
Manhã no peito de um cantor
Cansado de esperar só
Foi tanto tempo que nem sei
Das tardes tão vazias por onde andei
Luciana, Luciana
Sorriso de menina dos olhos de mar
Luciana, Luciana
Abrace essa cantiga por onde passar
Nasceu na paz de um beija-flor
Em verso em voz de amor
Já desponta aos olhos da manhã
Pedaços de uma vida
Que abriu-se em flor
Luciana, Luciana
Sorriso de menina dos olhos de mar
Luciana, Luciana
Abrace essa cantiga por onde passar