sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Achados arqueológicos no Rio

Escavações no
Sítio Arqueológico Matadouro Imperial

revelam preciosidades

São quase 200 mil objetos e fragmentos achados. Uma preciosidade histórica a estudar.
É a cidade enterrada sendo redescoberta.
São muitos os objetos que resistiram em profundidades de 50 centímetros a três metros.

Relevante é  a área exata onde funcionou, entre 1853 e 1881, o Matadouro Imperial, local oficial de abate do gado que abastecia a cidade.

QUE TAL?
Tudo para “limpar e conservar os dentes e as gengivas”, diz uma embalagem, e “free from acid” (livre de ácido).
Recipientes de pasta de dentes feitos em louça.


O design anatômico, abaixo,  lembra as escovas de dentes vendidas nas farmácias. No lugar do plástico e das cerdas macias, porém, marfim cuidadosamente esculpido e espaços para tufos de pelo de porco. No cabo, uma inusitada inscrição em francês: “S M L’Empereur du Brésil” (sua majestade o imperador do Brasil).
A cerda de pelo de porco se perdeu, mas a escova sobrou .

O item de higiene bucal e imperial muito provavelmente foi usado por dom Pedro II. Estava guardado há mais de um século no subterrâneo do terreno atrás da antiga Estação Leopoldina, no Centro.


Caixa de fósforo
Outro recipinete de pasta de dente

Como não havia coleta de lixo, moradores cavavam buracos em seus quintais para enterrar resíduos. Quando não existia espaço no terreno, outros pontos eram escolhidos, em geral os baixos, que precisavam de aterro. Foi o caso da região conhecida hoje como Leopoldina, que já foi ocupada até por índios temiminós liderados por Arariboia antes de serem levados para Niterói no século XVI.

 A região entre a Cidade Nova e São Cristóvão era muito suscetível a alagamentos antes dos vários aterros feitos ao longo do século XIX. Quando dom João VI foi para o palácio de São Cristóvão, atual Museu Nacional, a solução foi criar um aterro, já que existia um grande pântano do Centro até lá.

Esse alagado o incomodava. Em princípio era um passadiço, que virou rua e depois o chamado Caminho das Lanternas.


Algumas maravilhas de outros tempos, agora redescobertos.

Fonte:
O Globo , MetroRio


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente! Seja bem-vindo!