domingo, 11 de agosto de 2013

Outeiro da Glória

Dia 15 de agosto
é Dia de Nossa Senhora da Glória.


Considerada a joia da arquitetura setecentista e um dos maiores patrimônios da arquitetura colonial religiosa brasileira, a Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro tem origem numa pequena ermida do século XVII construída em um terreno doado à Irmandade da Glória, em 1699 por Cláudio do Amaral Gurgel.  




Outeiro da Glória
por Nicolas-Antoine Taunay
reprodução




" O antigo morro de Lerype (hoje outeiro da Glória), no qual Antônio Caminha fundara a ermida dessa invocação, pertenceu à sesmaria de Julião Rangel de Macedo, cujos herdeiros o venderam à família Rocha Freire.

O último possuidor, Gabriel da Rocha Freire, por sua vez o vendeu ao Dr. Cláudio Grugel do Amaral.

Por escritura de 20 de Junho de 1609, este último fez doação à Irmandade de Nossa Senhora da Glória: do referido morro, para nele edificar-se uma ermida, que fosse permanente e não sendo assim ficaria revogada a doação, e com a condição de que na referida ermida lhe dariam sepultura a ele doador e a todos os seus descendentes e a quem lhes parecesse.

Para patrimônio da santa fez também doação de terras, no sopé do morro, as quais, ele Amaral, por escritura de 18 de Fevereiro de 1687, comprara a Manuel Lopes Carrilho, filho de João Lopes.

Consistiam em 100 braças, na praia da Carioca, chácara denominada ORIENTE, partindo do lado direito com terras da Carioca."
  Vieira Fazenda,
"Antiqualhas e Memórias do Rio de Janeiro,"
Anos 1910, Biblioteca Nacional
reprodução

Localizada na Praça Nossa Senhora da Glória, 135/204, no alto do Outeiro da Glória, no bairro da Glória, a Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro foi construída no centro do adro e sua historiografia registra controvérsias quanto à autoria e à data da construção do templo definitivo. Porém a versão mais aceita, é a de que as obras datam da segunda metade do século XVIII (em torno de 1714) e que foram confiadas ao engenheiro e arquiteto, Tenente-Coronel José Cardoso de Ramalho, nomeado por D. João V para o posto de Capitão de Infantaria da Capitania do Rio de Janeiro.

A igreja ficou pronta em 1739.
" Formada por dois octógonos irregulares, alongados e interligados, antecedidos pela base quadrada da torre sineira, cujo pé lhe serve de pórtico.Os trabalhos ornamentais em talha estão no altar-mor, altares da nave, tribunas e coro, e representam a transição entre o final do estilo rococó e o neoclássico.O templo è adornado por azulejos setecentistas, incluindo a nave, capela-mor, corredores laterais, sacristia e coro."
  
 Os painéis de azulejos representariam cenas inspiradas na Bíblia, no "Livro de Tobias" ou , segundo outros historiadorres, no "Cântico dos Cânticos".
Os azulejos da sacristia, que representam cenas de caça, sua autoria é atribuída ao Mestre Valentim e formam um dos conjuntos mais importantes do Brasil.

Resultado de imagem para azulejos sacristia Outeiro da Glória

Todos os membros da Família Imperial foram batizados na Igreja da Glória, incluindo D. Pedro II e a Princesa Isabel. Em 1839, dom Pedro II outorgou o título de "Imperial" à irmandade, a qual se tornou conhecida, a partir de então, como "Imperial Irmandade da Nossa Senhora da Glória do Outeiro", que hoje se encontra-se tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.


EM TEMPO:  Eu fiz minha primeira comunhão nessa linda igreja!
                    



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