quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Hoje é o aniversário da Ilha do Governador

São 510 ou 445 anos. A controvérsia não importa.

Eu que por aqui já falei, em posts, de minhas saudades do Jequiá, da Rua Carmem Miranda, no Jardim Guanabara - dos meus tempos de adolescência que por lá vivi, hoje recordo Rachel de Queiroz, que  viveu alguns anos na Ilha do Governador e era apaixonada pelo lugar, suas praias com águas limpas e os cinemas “Itamar”, da Freguesia e “Jardim”, da Ribeira. Escreveu diversas crônicas, que tomavam a Ilha como tema, na famosa Última Página da revista O Cruzeiro.

O livro O galo de ouro   foi inicialmente publicado em 1950,  seriado na revista O Cruzeiro. Rachel de Queiroz tinha lá seus 39,40 anos. Nele ela narra uma vida mais idílica e menos urbana na Ilha do Governador. A publicação em livro, dessa história, só se deu em 1985.



capa do livro

A trama acompanha Mariano. A princípio, garçom, ele se envolve com Percília, vão viver juntos, têm uma filha (Gina) e aí a companheira, que freqüenta uma tenda espírita e fez amizade com uma moradora da Ilha do Governador, dona Loura, tenta convencer o marido a se mudarem para lá, levantarem uma casinha e sair da casa de cômodos onde se espremem com diversas outras famílias.Após uma primeira visita à Ilha, o casal é atropelado por um automóvel: Percília morre, Mariano fica meses internado e quando sai está com um braço inutilizado. Não dá mais para garçom. Começa a trabalhar no jogo do bicho. Enquanto isso, comadre Loura toma conta de Gina e o próprio Mariano se instala na casa dela e de seu companheiro, José Galego, após uma prisão (causada por problemas com os “secretas” da polícia que extorquem os bicheiros), Mariano fica de molho por algum tempo e resolve levar adiante o plano de erguer ali na Ilha uma morada. Mesmo porque começa a se interessar por uma doidivanas local, Nazaré, que apesar da vigilância da mãe, é louca por bailes, cinemas, a vida na cidade, e que além de envolver-se com Mariano, tem um namorado metido a malandro, um ex-pivete, Zezé, candidato a cafetão. 

Rachel de Queiroz morou na  Rua Carlos Ilidro , na Cova da Onça, nos anos 50 e certa vez escreveu

“Acabaram – se as barcas, acabaram – se os bondes, proliferaram os edifícios, instalou – se o progresso para ficar . Agora só resta a saudade “ 


PARABÉNS À ILHA DO GOVERNADOR!


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