sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Nesse domingo é o Dia Nacional do Cachorro-Quente

Esse delicioso sanduíche, importado da América, fez e faz muito sucesso por terras cariocas. Noite adentro barracas oferecem seus deliciosos  cachorros-quentes. E pra isso não economizam na criatividade.


 Cinco jurados embarcaram na missão a bordo de uma Kombi antiga, de 1961 (afinal, Kombi de cachorro-quente é um clássico, ?) em busca do melhor cachorro-quente carioca: o chef Pedro de Artagão, do badalado restaurante Irajá; a jornalista Inês Garçoni, coautora do “Guia Carioca de Gastronomia de Rua”; a crítica de gastronomia do GLOBO Luciana Fróes; o ator Pedro Monteiro, em cartaz com “Funk Brasil — 40 anos de baile”; e a produtora de festas Suzana Trajano.

Escolher os candidatos ao “prêmio” não foi fácil: segundo a Secretaria de Ordem Pública, há 823 carrocinhas autorizadas a vender comida nas ruas no Rio, sendo 161 no Centro, 79 na Lapa, 96 na Zona Sul, 50 na Tijuca, e por aí vai. A maioria serve cachorro-quente.

Para selecionar os finalistas,for feita uma enquete com gulosos de plantão e cinco quesitos foram usados na  avaliação: apresentação, atendimento, higiene, ingredientes e, claro, sabor.

A partida do tour gastronômico foi dada na Fonte da Saudade, de onde o bonde do podrão seguiu para quatro points desse carro-chefe.

O primeiro foi a barraquinha Ponto de Encontro, perto do Shopping Tijuca.

 Ali há 12 anos, o quiosque é comandado por Antônio Celso Faria, o Neno, ao lado da filha Roberta. O cachorro-quente tradicional é servido, basicamente, com tudo. E o tudo quer dizer pão, salsicha ou linguiça, molho com cebola, tomate e pimentão, maionese, ketchup e mostarda, ervilha, milho, passas, azeitona, batata palha e queijo ralado (R$ 4).

No quesito apresentação, o cachorro do Ponto de Encontro arrasa: vem embrulhado em papéis alumínio e toalha, como se fosse um temaki.

A enquete estava à cata de um podrão.

 Afinal, o que é um podrão? O que define é a quantidade de ingredientes? É ver se ele tem fila ou não?

A segunda parada foi a Lapa, onde o grupo visitou o Burger Lapa, instalado quase sob os Arcos há um ano. O nome “homenageia” outro sanduba, mas o forte ali é o velho pão com linguiça — e muitas outras coisas mais — no meio. Na barraca, chamam a atenção a higiene e a organização. Tem fila em caracol, no estilo parque de diversão, senha para pegar o pedido, painel eletrônico com o número da chamada, álcool para limpar as mãos e tapete. Sem falar que os funcionários usam touca e luva.

Quem toma conta do negócio é Valéria Moraes, que já é queridinha no bairro.
As opções de recheio não diferem muito das dos demais: lá estavam as passas, a batata palha, o milho e um molhinho caseiro de tomate e cebola. Os preços? R$ 3 pelo de 15 centímetros, e R$ 5, pelo de 30. Em tudo a anos-luz do hot dog mais caro do mundo, o do bar 230 Fifth, em Nova York, que pode ser chamado de tudo, menos de podrão. Com vinagre balsâmico envelhecido por dez anos, trufas negras, mostarda francesa, ketchup orgânico, manteiga trufada, caviar e cebola caramelizada em champanhe Dom Pérignon, a lariquinha básica sai por surtados US$ 2.300.
Suficientes para comprar quase mil cachorros (dos grandes!) na Lapa.

Na Praia de Botafogo, a meta do bonde era provar o famoso Podrão do Chico, próximo à esquina da Rua São Clemente. Mas não é que o cara não estava lá, em plena meia-noite de uma quinta-feira? A saída foi antecipar a próxima parada, o badalado Oliveira, que está no Humaitá há 22 anos e, hoje, tem filiais em Laranjeiras e na Cidade Nova. O cachorro (R$ 7) também pode ser servido com salsicha ou linguiça, ovo, azeitona verde ou preta, batata palha, queijo ralado, milho e ervilha, com destaque para os molhos. São dez, entre mostarda preta com mel, barbecue ou cheddar.

Por volta da 1h da manhã, a maratona chegou à terceira carrocinha, com a disputa ainda indefinida.

Na reta final, o grupo terminou a bocada no Mãozinha, que há 12 anos bate ponto em frente à Cobal do Leblon. Se o veículo está caindo as pedaços, o podrão é honesto — principalmente se levarmos em consideração a simpatia do dono.

Terminada a rodada, Artagão não teve dúvidas para dar a palavra final.

Os jurados votaram nos cinco quesitos, e aí vai o resultado: o Burguer Lapa foi eleito o melhor cachorro-quente pelo bonde do podrão, com 99 pontos. Depois, vieram o Ponto de Encontro, na Tijuca (95,5); Oliveira, no Humaitá (87,5); e Mãozinha, no Leblon (85,5).

Pra concordar ou discordar é passar por lá e provar.

Eu de minha parte continuo gostando do clássico de todos os tempos: do cachorro quente da GENEAL, desde os tempos das famosas carrocinhas.








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