sexta-feira, 8 de junho de 2012

Largo da Carioca em outro tempo





Nessa  foto  do início dos anos 50 vemos um Largo da Carioca completamente diferente do seu desenho urbanístico de hoje.


A imagem central mostra o antigo prédio do Jornal O Globo,na extinta rua  Bittencourt da Silva,
onde existia o seu parque gráfico. Dali ele foi para a Rua de Santana. No térreo ficava a  Livraria Freitas Bastos - livraria e editora -  que ocupou o prédio depois da mudança de O Globo. 


Colado com esse prédio, à direita, ficava o Liceu de Artes e Ofícios

Freitas Bastos  foi fundada em 1917 , no Rio de Janeiro, naquela ocasião sob o nome Editora Leite Ribeiro e ficava nesse imponente edifício circular da Rua Bittencourt, nº 21, na época suplantando até as principais livrarias da cidade, tais como a Francisco Alves e a Garnier.
Em 1922  foi assumida em definitivo pelo Dr. Freitas Bastos, que deu seu nome à livraria.
Desde o início a Freitas Bastos publicava preferencialmente livros jurídicos, mas com o tempo também se dedicou aos didáticos, médicos, científicos, espiritualistas, livros infantis e literatura brasileira.

Nos anos 60, mudou-se para a Rua Sete de Setembro, nº 111.

Destaque de seus títulos publicados, temos os clássicos
Miragem do Deserto, de Hermes Fontes, de 1917 
Microcosmo, de Bartolomeu Martins de Araújo Fontes, de 1919 
Ao som da viola, de Gustavo Barroso, de 1921 
A Isca, de Julia Lopes de Almeida, de1922
Graves e Fúteis, de Medeiros e Albuquerque, de 1922 
O Brasil Anedóctico, de Humberto de Campos, de 1927

Outro destaque da foto acima é o relógio,do tempo da reforma de Pereira Passos, em 1903, e feito pela Fundição Brasileira Kobler, em estilo francês, representando o comércio, a indústria e a navegação.

O relógio é o único remanescente até os dias atuais. 
Infelizmente, no lugar desse belo prédio foi construida a sede da Caixa Econômica Federal. 


Uma curiosidade:
No fundo da foto,  temos os prédios da Rua Treze de Maio. Vemos o Edifício Liberdade - que desabou no início desse ano -  com o cartaz do Banco Delamare  e a arquitetura original, em escada nos andares finais, antes do acréscimo e fechamento, que alteraram a fachada.

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