sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia de São Jorge


O feriado é carioca desde 2001. Desde este ano a cidade pára pra reverenciar seu santo de proteção às suas lutas.
Uma das tradições desse dia é a Cavalgada. A festa acontece há quase 50 anos, em Santa Cruz, desde 1963, após uma epidemia de febre amarela atingir a região, quando devotos do santo prometeram organizar uma grande procissão, todos os anos, caso a epidemia acabasse. Imediatamente os casos cessaram e a população foi salva.

Esse ano, pela primeira vez, o Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta vai participar da cavalgada, com cerca de 4 mil cavaleiros, que sairá do Largo do Bodegão, no final da tarde, às 17h 30m.

A homenagem ao santo começa sempre cedo, com a alvorada às 5h da manhã, seguida de missa, na tradicional igreja - Igreja de São Gonçalo e São Jorge - da Rua da Alfândega, 382, no Centro, onde, ao longo do dia, imensas filas se estendem pela Avenida Presidente Vargas, para reverenciar o Santo Guerreiro. Às 8h, uma carreata com a imagem de São Jorge sai em direção à Igreja de São Jorge, em Quintino, na Rua Clarimundo de Melo, 769.

Esse ano, às 14h, começará a homenagem ao Santo, em frente à Igreja da Ressurreição, na Rua Francisco Otaviano, e logo após começará a procissão motorizada. Mil motociclistas vão sair em direção à Igreja de São Jorge, no Centro.

Ao lado do Jorge dos altares, também existe o Jorge dos terreiros. São Jorge é o orixá Ogum, deus afro-brasileiro, deus da guerra, que nunca deixa um filho seu sem resposta. A ligação de São Jorge a Ogum é algo puramente brasileiro, com forte influência da cultura africana.

E para reverenciar o Jorge dos terreiros, no bairro carioca de Padre Miguel, na Rua Figueiredo Camargo, acontece a tradicional Festa em Homenagem a São Jorge, organizada pela Federação Brasileira de Umbanda.


Seja qual for a fé , hoje, nesse 23 de abril, se comemora uma grande devoção carioca.


Igreja da Rua da Alfândega, durante a alvorada

Curiosidade:
Em 1850, a então Igreja de São Jorge,

na esquina das ruas Luís de Camões
(à época, rua de São Jorge) e a Gonçalves Ledo,
estava em lamentável estado de conservação, e,
a igreja de São Gonçalo deu acolhida à imagem do Santo.
Daí Igreja de São Gonçalo e São Jorge.

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