sexta-feira, 15 de maio de 2009

Coisas de Ipanema

Um amigo do RIO QUE MORA NO MAR, Mauricio Leon,
nos desvenda um segredo:

onde nasceu a mudança no significado
da palavra paquerar.


Interior e fachada do antigo Zeppelin,
na Rua Visconde de Pirajá
Fotos: reprodução/internet
" Na minha juventude, nossa turma se reunia no antigo Zepelim, do velho Oscar, e tínhamos um hobby comum, gostávamos de caçar. E um de nossos termos era a palavra paquerar, que era o ato do cachorro fixar a atenção na caça levantando uma pata dianteira e o rabo.
Como estávamos em Ipanema e o Zepelim era muito bem frequentado, toda vez que um amigo fixava um olhar em uma mulher, dizíamos que " ele estava paquerando".
Isto eu estou falando de 1958, quando o termo usado pelas outras pessoas era flertar.
O Zepelim desta época era frequentado, na mesa próxima à janela, por Vinicius de Moraes, Homero Homem, Jose Carlos de Oliveira, Tom Jobim, Millor Fernandes,Fernando Sabino e a nossa mesa era a última do bar e nos reuníamos após as 22:00 horas quando tínhamos que deixar a namorada em casa. Roberto Eberth, Silo Meireles, Riba (Ribamar) Acioly, Abelardo, Armando Henrique, eu e outros.
Ipanema era o centro das atrações...
e a mudança da terminologia paquerar nasceu ali ... ".


Pois é... a gíria paquerar, quem diria, surgiu em Ipanema!

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