segunda-feira, 29 de julho de 2013

A JMJ e o Rio que mora no mar...epílogo

Pois é... a semana da Jornada Mundial da Juventude se foi. Mas a jornada não acabou. Segue, agora, a jornada interna de cada um, dos desafios e esperanças para por em prática e dar continuidade a todos os lúcidos recados e objetivos alertas que o Papa Francisco deixou nessa cidade.

O Rio foi e ficou diferente. Foram marcas muito fortes.


As marcas tão fortes dessa Jornada já começaram pelo seu belo símbolo que trouxe a cidade e seus símbolos em um coração.
 
 
Visualizar

 Outra marca, a música-tema, que ouvimos tantas vezes de maneiras tão belas, inclusive sinfônica.



As marcas dos recados do Papa Francisco

"Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo.



Bote fé e a sua vida terá um novo sabor. Bote esperança e todos os seus dias serão iluminados. Bote amor e a sua existência será como uma casa construída sobre a rocha.”

Precisamos todos de aprender a abraçar quem passa necessidade, como São Francisco. Há tantas situações no Brasil e no mundo que reclamam atenção, cuidado, amor, como a luta contra a dependência química...Frequentemente, porém, nas nossas sociedades, o que prevalece é o egoísmo.
São tantos os mercadores de morte que seguem a lógica do poder e do dinheiro a todo o custo!... Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química. É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso...”


As marcas da grande  festa da religiosidade, congraçamento e emoção; da presença sadia de uma juventude que transmitiu alegria.

















As marcas de amor e carinho
a tantas crianças saudáveis e a doce menina anencéfala que as mãos de muitos querem matar;
a idosos, carentes, doentes, em recuperação
e a tantos que lhe estenderam a mão.
 


















8963









As marcas de um sorriso largo e contagiante





Papa Francisco deixa no Rio uma outra beleza, uma riqueza espiritual pra cidade, para cada um.

SAUDADES!


sexta-feira, 26 de julho de 2013

A JMJ e o Rio que mora no mar...7

O Palácio São Joaquim, de onde o Papa rezou hoje o Angelus, e é residência do Arcebispo do Rio, D. Orani Tempesta, fica no bairro da Glória.

LEIA MAIS AQUI.

Algumas imagens do seu interior.





 

 




quarta-feira, 24 de julho de 2013

A JMJ e o Rio que mora no mar...6



O Papa Francisco está hospedado, aqui no Rio, na residência Assunção,  no Sumaré

Ela tem sete quartos e cada um possui uma mesinha simples de escritório e uma pequena varanda, onde os hóspedes poderão desfrutar uma vista privilegiada do Rio de Janeiro. 

A residência Assunção foi construída em 1950 com base em elementos artísticos valiosos, símbolos da história da Igreja no Brasil. A porta pertencente à antiga Igreja São Pedro dos Clérigos, no centro do Rio, demolida em 1944, retrata as marcas do estilo barroco da antiga Igreja.

Residência Assunção

 Vista aérea
 Louça   usada

 
Quarto do papa


O Morro do Sumaré é uma elevação de topografia exótica, porém regular em seu cume com mais de 700 metros de altitude. 
No topo da montanha estão localizadas as antenas das emissoras de televisão e estações de rádio FM do município. 
Sua visualização é possivel de diversos e distintos pontos do Rio de Janeiro. Localiza-se na Floresta da Tijuca, entre os limites geográficos dos bairros do Alto da Boa Vista, Usina, Rio Comprido, Silvestre, Cosme Velho, Santa Teresa, e Laranjeiras, localiza-se atrás do Morro do Corcovado.
  

 

Cercada por muros altos, a Residência Assunção, ou Palácio Apostólico do Sumaré, fica em um dos caminhos que leva ao do Cristo Redentor, pela estrada do Sumaré, área de mata Atlântica de onde se tem uma vista privilegiada da cidade.

o Papa ficará hospedado na residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré, casa que já abrigou o Papa João Paulo II nos anos de 1980 e 1997.
Segundo a superiora e responsável pela organização da residência Assunção, Irmã Teresinha, toda a decoração e preparativos feitos para a casa onde o Santo Padre ficará alojado foram pensados com o intuito de manter a simplicidade.
“Ele não gosta de solidão e individualismo”, afirmou Irmã Teresinha.
A residência acolherá sete sacerdotes da Comitiva do Papa e 30 cardeais, que ficarão hospedados nos quartos do Centro de Estudo. A previsão da Irmã Teresinha é que a casa receba até 38 pessoas.
As refeições e lanches que serão servidos ao Papa Francisco também foram pensados pela Irmã, que havia pesquisado os gostos do Santo Padre.
Os sete quartos da casa Assunção estão sendo preparados com cuidado e zelo para melhor acomodação do Pontífice, de acordo com as informações do Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Roque Costa Souza.
As suítes do Centro de Estudos possuem uma mesinha simples de escritório e uma pequena varanda, onde os hóspedes poderão desfrutar uma vista privilegiada do Rio de Janeiro.
A residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré foi construída em 1950 com base em elementos artísticos valiosos, símbolos da história da Igreja no Brasil. A porta pertencente à antiga Igreja São Pedro dos Clérigos, no centro do Rio, demolida em 1944, retrata as marcas do estilo barroco da antiga Igreja.
Nos últimos três meses, a residência passou por um processo de restauração para acolher o Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude.
O projeto presta homenagem ao Vigário de Cristo, fazendo referência aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, a mesma que o Santo Padre fez parte
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o Papa ficará hospedado na residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré, casa que já abrigou o Papa João Paulo II nos anos de 1980 e 1997.
Segundo a superiora e responsável pela organização da residência Assunção, Irmã Teresinha, toda a decoração e preparativos feitos para a casa onde o Santo Padre ficará alojado foram pensados com o intuito de manter a simplicidade.
“Ele não gosta de solidão e individualismo”, afirmou Irmã Teresinha.
A residência acolherá sete sacerdotes da Comitiva do Papa e 30 cardeais, que ficarão hospedados nos quartos do Centro de Estudo. A previsão da Irmã Teresinha é que a casa receba até 38 pessoas.
As refeições e lanches que serão servidos ao Papa Francisco também foram pensados pela Irmã, que havia pesquisado os gostos do Santo Padre.
Os sete quartos da casa Assunção estão sendo preparados com cuidado e zelo para melhor acomodação do Pontífice, de acordo com as informações do Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Roque Costa Souza.
As suítes do Centro de Estudos possuem uma mesinha simples de escritório e uma pequena varanda, onde os hóspedes poderão desfrutar uma vista privilegiada do Rio de Janeiro.
A residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré foi construída em 1950 com base em elementos artísticos valiosos, símbolos da história da Igreja no Brasil. A porta pertencente à antiga Igreja São Pedro dos Clérigos, no centro do Rio, demolida em 1944, retrata as marcas do estilo barroco da antiga Igreja.
Nos últimos três meses, a residência passou por um processo de restauração para acolher o Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude.
O projeto presta homenagem ao Vigário de Cristo, fazendo referência aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, a mesma que o Santo Padre fez parte
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o Papa ficará hospedado na residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré, casa que já abrigou o Papa João Paulo II nos anos de 1980 e 1997.
Segundo a superiora e responsável pela organização da residência Assunção, Irmã Teresinha, toda a decoração e preparativos feitos para a casa onde o Santo Padre ficará alojado foram pensados com o intuito de manter a simplicidade.
“Ele não gosta de solidão e individualismo”, afirmou Irmã Teresinha.
A residência acolherá sete sacerdotes da Comitiva do Papa e 30 cardeais, que ficarão hospedados nos quartos do Centro de Estudo. A previsão da Irmã Teresinha é que a casa receba até 38 pessoas.
As refeições e lanches que serão servidos ao Papa Francisco também foram pensados pela Irmã, que havia pesquisado os gostos do Santo Padre.
Os sete quartos da casa Assunção estão sendo preparados com cuidado e zelo para melhor acomodação do Pontífice, de acordo com as informações do Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Roque Costa Souza.
As suítes do Centro de Estudos possuem uma mesinha simples de escritório e uma pequena varanda, onde os hóspedes poderão desfrutar uma vista privilegiada do Rio de Janeiro.
A residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré foi construída em 1950 com base em elementos artísticos valiosos, símbolos da história da Igreja no Brasil. A porta pertencente à antiga Igreja São Pedro dos Clérigos, no centro do Rio, demolida em 1944, retrata as marcas do estilo barroco da antiga Igreja.
Nos últimos três meses, a residência passou por um processo de restauração para acolher o Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude.
O projeto presta homenagem ao Vigário de Cristo, fazendo referência aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, a mesma que o Santo Padre fez parte
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o Papa ficará hospedado na residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré, casa que já abrigou o Papa João Paulo II nos anos de 1980 e 1997.
Segundo a superiora e responsável pela organização da residência Assunção, Irmã Teresinha, toda a decoração e preparativos feitos para a casa onde o Santo Padre ficará alojado foram pensados com o intuito de manter a simplicidade.
“Ele não gosta de solidão e individualismo”, afirmou Irmã Teresinha.
A residência acolherá sete sacerdotes da Comitiva do Papa e 30 cardeais, que ficarão hospedados nos quartos do Centro de Estudo. A previsão da Irmã Teresinha é que a casa receba até 38 pessoas.
As refeições e lanches que serão servidos ao Papa Francisco também foram pensados pela Irmã, que havia pesquisado os gostos do Santo Padre.
Os sete quartos da casa Assunção estão sendo preparados com cuidado e zelo para melhor acomodação do Pontífice, de acordo com as informações do Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Roque Costa Souza.
As suítes do Centro de Estudos possuem uma mesinha simples de escritório e uma pequena varanda, onde os hóspedes poderão desfrutar uma vista privilegiada do Rio de Janeiro.
A residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré foi construída em 1950 com base em elementos artísticos valiosos, símbolos da história da Igreja no Brasil. A porta pertencente à antiga Igreja São Pedro dos Clérigos, no centro do Rio, demolida em 1944, retrata as marcas do estilo barroco da antiga Igreja.
Nos últimos três meses, a residência passou por um processo de restauração para acolher o Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude.
O projeto presta homenagem ao Vigário de Cristo, fazendo referência aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, a mesma que o Santo Padre fez parte
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o Papa ficará hospedado na residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré, casa que já abrigou o Papa João Paulo II nos anos de 1980 e 1997.
Segundo a superiora e responsável pela organização da residência Assunção, Irmã Teresinha, toda a decoração e preparativos feitos para a casa onde o Santo Padre ficará alojado foram pensados com o intuito de manter a simplicidade.
“Ele não gosta de solidão e individualismo”, afirmou Irmã Teresinha.
A residência acolherá sete sacerdotes da Comitiva do Papa e 30 cardeais, que ficarão hospedados nos quartos do Centro de Estudo. A previsão da Irmã Teresinha é que a casa receba até 38 pessoas.
As refeições e lanches que serão servidos ao Papa Francisco também foram pensados pela Irmã, que havia pesquisado os gostos do Santo Padre.
Os sete quartos da casa Assunção estão sendo preparados com cuidado e zelo para melhor acomodação do Pontífice, de acordo com as informações do Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Roque Costa Souza.
As suítes do Centro de Estudos possuem uma mesinha simples de escritório e uma pequena varanda, onde os hóspedes poderão desfrutar uma vista privilegiada do Rio de Janeiro.
A residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré foi construída em 1950 com base em elementos artísticos valiosos, símbolos da história da Igreja no Brasil. A porta pertencente à antiga Igreja São Pedro dos Clérigos, no centro do Rio, demolida em 1944, retrata as marcas do estilo barroco da antiga Igreja.
Nos últimos três meses, a residência passou por um processo de restauração para acolher o Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude.
O projeto presta homenagem ao Vigário de Cristo, fazendo referência aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, a mesma que o Santo Padre fez parte
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o Papa ficará hospedado na residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré, casa que já abrigou o Papa João Paulo II nos anos de 1980 e 1997.
Segundo a superiora e responsável pela organização da residência Assunção, Irmã Teresinha, toda a decoração e preparativos feitos para a casa onde o Santo Padre ficará alojado foram pensados com o intuito de manter a simplicidade.
“Ele não gosta de solidão e individualismo”, afirmou Irmã Teresinha.
A residência acolherá sete sacerdotes da Comitiva do Papa e 30 cardeais, que ficarão hospedados nos quartos do Centro de Estudo. A previsão da Irmã Teresinha é que a casa receba até 38 pessoas.
As refeições e lanches que serão servidos ao Papa Francisco também foram pensados pela Irmã, que havia pesquisado os gostos do Santo Padre.
Os sete quartos da casa Assunção estão sendo preparados com cuidado e zelo para melhor acomodação do Pontífice, de acordo com as informações do Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Roque Costa Souza.
As suítes do Centro de Estudos possuem uma mesinha simples de escritório e uma pequena varanda, onde os hóspedes poderão desfrutar uma vista privilegiada do Rio de Janeiro.
A residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré foi construída em 1950 com base em elementos artísticos valiosos, símbolos da história da Igreja no Brasil. A porta pertencente à antiga Igreja São Pedro dos Clérigos, no centro do Rio, demolida em 1944, retrata as marcas do estilo barroco da antiga Igreja.
Nos últimos três meses, a residência passou por um processo de restauração para acolher o Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude.
O projeto presta homenagem ao Vigário de Cristo, fazendo referência aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, a mesma que o Santo Padre fez parte
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segunda-feira, 22 de julho de 2013

A JMJ e o Rio que mora no mar...5


GUARATIBA, local escolhido para a vigília e a missa do envio é um bairro a muitos quilômetros do  Centro do Rio, separado do resto da cidade pela Serra da Grota Funda e ainda guarda características interioranas. 
A vigília e a missa se dariam - em virtude das chuvas foram transferidas para Copacabana -  em duas fazendas - Mato Alto e Vila Mar - que hoje têm uma antiga locomotiva restaurada pelos proprietários que circula na propriedade e gado pastando.
Seriam criados corredores de peregrinação até as duas fazendas em Guaratiba escolhidas.

 Vista aérea de Guaratiba
O contraste da locomotiva e ao fundo o BRT

 
O trajeto poderia chegar a 13 quilômetros, conforme a rota escolhida.

O primeiro deles seguiria pela
  • Avenida das Américas, a partir do Recreio dos Bandeirantes;
  • o segundo , pela Avenida Brasil, na altura de Guaratiba;
  • e o terceiro, de Santa Cruz.

GUARATIBA, é um termo oriundo da língua tupi que significa "ajuntamento de guarás", através da junção dos termos agwa'rá  - guará -  e tyba  - ajuntamento.

Encravada ao pé da Grota Funda, estendendo-se até a Baía de Sepetiba, abrangendo os seus canais de acesso, bem como a barra para o oceano, Guaratiba é o bairro que apresenta uma das menores densidades demográficas da cidade do Rio de Janeiro.  De grande extensão territorial,  ainda dispõe de grandes áreas desocupadas  que apresentam, em sua maioria, uma vegetação rasteira, apicum e grandes manguezais. Em suas encostas, encontra-se mata atlântica e também muitos bananais e belíssimas trilhas ecológicas com acesso ao Parque Estadual da Pedra Branca.

Guaratiba inclui sub-bairros como Santa Clara, Correia - onde se situa a empresa multinacional Michelin -  o Jardim Maravilha, o Jardim Cláudia Maria e o Jardim Cinco Marias (antiga Covanca), como também parte do Monteiro, divisa com o bairro Campo Grande, junto ao rio Cabuçu, um dos afluentes do rio Piraquê, que desemboca na baía de Sepetiba e o bairro Ilha de Guaratiba.

A Ilha de Guaratiba não é uma ilha.

Tem esse nome pela característica da época onde os pequenos riachos encontravam-se formando uma verdadeira ilha desordenada.  Mas há também outra versão para a  denominação. Teria se originado da corruptela do nome de um antigo morador que detinha vários alqueres de terras, o sr. WILLIAN, ou Willian de Guaratiba. Com o tempo, para se referir à área onde se encontrava a propriedade do sr. Willian, em vez de mencionar "Willian de Guaratiba", o local passou a ser chamado de Ilha de Guaratiba.



sábado, 20 de julho de 2013

A JMJ e o Rio que mora no mar...4

É a vez do Rio de Janeiro acolher jovens do mundo inteiro 

Em 1984, foi celebrado, na Praça São Pedro, Vaticano, o Encontro Internacional da Juventude com o Papa João Paulo II por ocasião do Ano Santo da Redenção. Na ocasião, o Papa entregou aos jovens a cruz que se tornaria um dos principais símbolos da Jornada Mundial da Juventude, conhecida como a Cruz da Jornada.

 Agora, a  XXVIII Jornada Mundial da Juventude realizada de 23 a 28 de julho de 2013, aqui, na cidade do Rio de Janeiro, com o tema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mateus 28, versículo19).

Por aqui, o Cristo Redentor, de braços abertos, expressa a hospitalidade da fé que acolhe representantes da Igreja inteira. A Jornada será um momento de partilha e generosidade, o espetáculo da unidade.A festa da missão!

Por que vir ao Rio de Janeiro na Jornada Mundial da Juventude? 

A força de convocação vem da presença de Jesus Cristo, o Senhor! Sim, a multidão reunida na Jornada criará as condições para uma presença muito especial do Senhor,

"onde dois ou mais se reúnem em seu nome"
(Cf. Mt 18,20).
 

E  por aqui serão milhões de pessoas! Uma só voz, um só coração, uma alma em torno do Senhor.

 "Há um só corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, acima de todos, no meio de todos e em todos
(carta de São Paulo dos Efésios 4, 4-6).


Ninguém será estranho, mas todos irmãos e irmãs.

Na Jornada haverá

  • Pregação do Evangelho,
  • anúncio do Querigma,
  • catequeses conduzidas pelos bispos,
  • muita oração,
  • partilha,
  • espetáculos,
  • a Missa Diária,
  • Via-sacra,
  • a grande vigília,
  • o envio.

 Todos poderão desfrutar a alegria da fraternidade.

A Jornada Mundial da Juventude escolheu como patronos companhias ilustres para acompanhar seus participantes:
  • Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Mãe do povo brasileiro,  em primeiro lugar.

Depois, também escolhidos como patronos, estão

  • São Sebastião, soldado e mártir da fé,
  • Santo Antônio de Santana Galvão, arauto da paz e da caridade,
  • Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeira das Missões e o
  • Beato João Paulo II, amigo dos jovens.

Como  intercessores:
  • Santa Rosa de Lima, Fiel à Vontade de Deus, Padroeira da América Latina;
  • Beato Pier Giorgio Frassati, o jovem de amor ardente aos Pobres e à Igreja;
  • Beata Chiara Luce Badano, jovem de nosso tempo, totalmente entregue a Jesus;
  • Beato Frederico Ozanam, servidor dos mais pobres e fundador das Conferências Vicentinas;
  • Beato Atílio Daronch, Amigo de Cristo, acólito brasileiro;
  • Santa Teresa de Los Andes, contemplativa de Cristo, que aos dezessete anos entrava no Carmelo;
  • Beato José de Anchieta, Apóstolo do Brasil;
  • Beato Isidoro Bakanja, jovem africano, Mártir do Escapulário;
  • Beata Irmã Dulce dos Pobres, embaixadora da Caridade;
  • São Jorge, Mártir e Combatente contra o Mal;
  • Beata Laura Vicuña, chilena, Mártir da Pureza;
  • Santo André Kim e seus companheiros, Mártires da Evangelização;
  • Beata Albertina Berbenbrock, jovem brasileira, Mártir da Castidade e dos valores evangélicos.

Que eles roguem por nós e por nossos jovens!

Companhia ilustre, cuja palavra, exemplo e missão têm atraído o mundo inteiro, chega ao Brasil nosso hóspede esperado: o Papa Francisco.

Estaremos "dependurados" em sua voz profética, conhecendo a importância de sua primeira visita internacional, desde o início de seu pontificado.

Bendito o que vem em nome do Senhor!

Durante a Jornada, vai repetir-se o maravilhoso encontro de raças, línguas e nações, juntas para aprender a língua da caridade. Desejamos que o Rio de Janeiro e o Brasil sejam inundados com a grande torrente que brota do coração de Cristo. Sonhamos juntos com este rio, iluminados pela profecia de Ezequiel (Ez 47, 5-12).

Queremos caminhar à margem do rio e ver muitas árvores de vida nova, cujas folhas não caiam e sirvam de remédio, e seus frutos não terminem. Que fiquem saneadas as regiões de águas e corações estagnados. Que haja vida, alimento e restauração aonde quer que chegue este rio.

Afinal de contas, trata-se da promessa

"Se alguém tem sede, venha a mim, e beba quem crê em mim” ...

"Do seu interior correrão rios de água viva”
(Jo 7, 37).


Fonte: Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA


sexta-feira, 19 de julho de 2013

A JMJ e o Rio que mora no mar...3




O Flash Mob da JMJ 2013,
pra missa de envio no Campus Fidei - Campo da Fé -  em Guaratiba.


VEJA, PRATIQUE, DANCE COM TODOS!

TAMUJUNTO!!!!!!!!!!





quinta-feira, 18 de julho de 2013

A JMJ e o Rio que mora no mar...2

O Rio já vive o clima da
Jornada Mundial da Juventude.
 


A escultura do Papa na areia de Copacabana
Foto: Pablo Jacob



A Cruz peregrina e o Ícone de Nossa Senhora,
que percorrem a cidade.
Acima, no Pão de Açúcar

Foto:
Ricardo Novaes


terça-feira, 16 de julho de 2013

A JMJ e o Rio que mora no mar...

  A Lapa profana e sagrada

Os Arcos da Lapa, e ao fundo, a Catedral Metropolitana


A LAPA , reduto da malandragem e da boemia carioca estará mais próxima de suas origens sagradas durante a Jornada Mundial da Juventude, entre os dias 23 e 28 de julho. è no bairro que será realizado o Festival Halleluya, evento de música e arte católica.

Apesar de sua característica atual, a região tem seu desenvolvimento ligado à Igreja Católica.

Em 1751, o bairro recebeu sua primeira capela, dedicada a Nossa Senhora da Lapa, e um seminário para a formação de padres, iniciativa dos capuchinhos (movimento franciscano reformista). A partir daí, a região foi sendo povoada e se desenvolveu. Ainda no século XVIII, o bairro foi rebatizado, passando a ter o nome atual.

Aliás, os sucessivos aterros efetuados no Rio de Janeiro alteraram em demasia a aparência da região litorânea. A Lapa foi uma delas.

Imagem relacionada
A Praia da Lapa em 1902

 Em 1835, uma grande ressaca atingia a cidade, causando destruição generalizada, principalmente nas casas situadas na Rua da Lapa, as quais faziam fundo com o mar. O impacto das ondas progressivamente erodiu o terreno, levando consigo também os locais de desembarque de mercadorias, as quais vinham preferencialmente por via marítima. Este sinistro tornou evidente a necessidade de proteger esta faixa do litoral, e, tempos depois, em 1857, é promulgado um decreto ordenando a execução de obras no local.

Conhecida originalmente como Areias de Espanha ou Mar de Espanha, antes da existência do seminário que mudou o nome do bairro, a praia teve os trabalhos concluídos em 1861, constando de um cais em curva sobre uma muralha que ficava um metro acima do mar, uma rua com 15 metros, acompanhando o cais, e um paredão na parte alta da Rua da Glória. Também foram plantadas árvores, para fornecer sombra aos pedestres, transformando a velha praia em uma atração, por onde se caminhava desde o Passeio Público, tendo o mar ao lado.

Durante a gestão de Pereira Passos na prefeitura, em 1904, o paredão foi reconstruído, sendo acrescentada a balaustrada de metal retirada da Praça Tiradentes, que em sua maioria ainda lá está, mas cujas partes são seguidamente roubadas sem que se faça coisa alguma. 

A partir desta época, aterros sucessivos recuaram o mar mais de 400 metros, afastando-o do cotidiano de quem passa ou trabalha por ali. Estas obras também acabaram com a ligação da praia com as origens do esporte do remo entre nós, pois os clubes que lá se encontravam tiveram de mudar.

A história da finada praia, e sua transformação subsequente, mostra, infelizmente, um passado de intervenções autoritárias, que tantos prejuízos trouxeram ao patrimônio histórico e ao cenário cotidiano.

A chegada da família real portuguesa ao Rio, em 1808, também provocou mudanças na Lapa.

Os frades carmelitas tiveram que abandonar seu convento no Largo do Carmo (atual Praça Quinze) para cedê-lo como moradia a dom João VI e, em 1810, se mudaram para o imóvel dos capuchinhos (que foram para o Morro do Castelo). No mesmo ano, a capela se transformou em igreja e recebeu um novo nome: Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro.



Resultado de imagem para Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro
Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro



A arquitetura do templo é toda em estilo barroco, é ladeada por uma torre à esquerda, tendo a segunda torre ficado inacabada, à espera da instalação de uma sinaleira, caso chegasse a ser matriz.
Tem o frontispício (fachada principal) em linhas sóbrias e as paredes são revestidas de azulejos portugueses do século XIX. Possui peças e imagens valiosas, como a de Nª Sª do Carmo e as dos santos Elias e Eliseu (com quase 2 metros de altura cada uma), além de um órgão Cavallier-Colt, de 1898, totalmente restaurado.
O altar-mor, atribuído a mestre Valentim, e os altares laterais foram esculpidos entre 1755 e 1780. O autor do projeto, datado de 1751, foi o engenheiro militar e brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim.

No fim do século XIX e ao longo do XX, a vida boêmia e a malandragem se tornaram características do bairro. Um dos personagens que se destacaram nesse cenário foi João Francisco Sant’Anna, transformista conhecido como Madame Satã,  famoso por suas brigas, inclusive com a polícia. Embora sua imagem esteja relacionada à marginalidade, Satã prezava o sagrado.

— Ele frequentava a igreja e sempre rezava. O sagrado faz parte da vida do malandro, todos eles têm seu tipo de fé — afirmou o frei Miguel Carmelita, responsável há quatro anos pela Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro.

Durante os dias 23 e 26 deste mês, a praça junto aos Arcos da Lapa estará totalmente tomada por orações e louvores de jovens católicos: o Festival Halleluya. Mas a vida boêmia da Lapa continuará a todo o vapor.
 Uma das casas que estarão abertas durante a JMJ é o bar e restaurante Santo Scenarium. Instalado num sobrado de 1890, o estabelecimento é totalmente decorado com arte sacra. Durante a jornada, a casa não contará com uma programação especial, mas porá em exposição um pedaço de osso de São Francisco de Assis. A relíquia foi adquirida por um dos sócios do bar.




Continua.... leia o próximo post.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

À DIVINA CARIOCA ELIZETH CARDOSO

Começando bem a semana, lembrando, com saudades,
de quem faria aniversário no dia de hoje:

a carioca da rua Ceará,
no subúrbio de São Francisco Xavier.

A DIVINA, A ENLUARADA
ELIZETH CARDOSO

(1920-1990)






Vale recordar e ouvir sua linda voz , sempre!

sábado, 13 de julho de 2013

Samba da Ouvidor e Chorinho na Marambaia

Samba foi uma iniciativa de uma livraria da região e acontece há quase uma década.
 
Todos os sábados, das 8h às 14h, uma das principais feiras de antiguidades do Rio de Janeiro é montada na Praça XV. A feira, que acontece desde os anos 1970, reúne mais de 350 barracas oficiais e é considerada uma das maiores da América Latina. A diversidade de produtos e as histórias que eles carregam tornam tudo ainda mais interessante.

O ambiente intimista da feirinha se conecta com o Samba da Ouvidor. 


A roda de samba que também acontece aos sábados na Praça XV atrai centenas de pessoas a cada edição. O evento foi uma iniciativa de uma livraria da região e já acontece há quase uma década, tornando-se parte do calendário oficial dos sambistas cariocas.

Do samba ao chorinho.
Todo domingo o chorinho , do meio-dia às seis horas há o chorinho de frente para a Restinga de Marambaia.
Um passeio bem interessante para se fazer aos domingos na Zona Oeste carioca é visitar a Pedra de Guaratiba, que abriga uma das igrejas mais antigas da cidade, a de Nossa Senhora do Desterro, de 1629, à beira da praia e na extremidade de um píer. 


A simpática igrejinha fica ao lado de um restaurante e recebe a agradável brisa da Restinga da Marambaia.
Uma visita ali, com direito a fotos e a uma bela vista, se conecta à outra extremidade do píer, na praça São Pedro e o ... o chorinho que dá o tom.

O píer da Pedra fica pertinho da rua Barros Alarcão, uma das principais do bairro.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Aizita Nascimento...a carioca que revolucionou o Maracanãzinho



Todos os anos, entre maio e junho a cidade se envolvia e torcia por sua representante das passarelas.
Era tempo de desfiles no Maracãzinho. Era tempo de Miss Guanabara!

Assim, naquele junho de 1963, entre mais de duas dezenas de concorrentes, que desfilavam  oito jovens  eram anunciadas  finalistas do concurso Miss Guanabara 1963, dentre elas, a mulata Aizita Nascimento. Aizita Nascimento , enfermeira formada, era a representante do Renascença Clube.




O Renascença Clube foi um clube fundado em 1951, por um grupo de 29 negros pertencentes à classe média, cansados das discriminações sofridas em outros clubes e agremiações do Rio de Janeiro. Criado como um espaço social  e cultural próprio, o Renascença nasceu numa casa antiga, pequena, com grande quintal arborizado, localizada no bairro do Méier , na Rua Pedro Carvalho e mais tarde se mudou para o atual endereço, Rua Barão de São Francisco.

O público daquele sábado ,que lotava o Maracanãzinho - estimado em 25 mil pessoas - queria o título para Aizita Nascimento e gritava ... QUEREMOS A MULATA !

Vi tudo isso pela televisão. Tinha 10 anos. A transmissão pela TV do concurso de miss ía ao ar pela antiga  TV Tupi.

Mas o resultado foi decepcionante. Quando foi anunciado , um choque:  Aizita Nascimento em ...SEXTO lugar.
 Miss Fluminense , Vera Lúcia Maia e  Miss Clube Riachuelo, Eliane Silveira, tinham empatado no primeiro lugar  com 50 pontos.

E Vera Lúcia Maia ganhou no desempate.
BAITA SURPRESA!


Muitas vaias, inconformismo e constrangimento, com a continuação do grito QUEREMOS A MULATA !

Aliás, QUEREMOS A MULATA,  é o título da crônica do jornalista Henrique Pongetti, na revista MANCHETE, publicada na edição de 6 de julho de 1963, sobre o acontecido.

Voilá...
"Como quase todo mundo sabe, fiz parte dos olheiros que escolheram a Miss Guanabara deste ano. Doce tarefa! Sobretudo muito melhor do que fazer parte do júri para eleger um daqueles gigantes bolotudos, de músculos pulando fora do corpo, tipo Mister Universo, nos quais a robustez chega a parecer um abuso contra a natureza, e dos quais as próprias mães que os tiveram pequeninos, iguais aos outros, devem levar constantes sustos.

Mas se doce é a tarefa, nem por isso deixa de ser difícil. Entre seis mulheres de uma beleza equivalente, você, juiz, fica num drama de consciência terrível. Tem vontade de escrever o nome delas em papelinhos e de fazer o sorteio. Saiu a Riachuelo no lugar da Flamengo? Ou a Madureira no lugar da Fluminense ? Quem manda não haver uma esmagadoramente bela para ganhar à primeira vista e deixar sem sentimento de culpa o júri e sem pretexto de vaias a torcida?

Acresce que a beleza, para a maioria do povo, não obedece a cânones: é uma opinião, ou melhor dizendo, uma sensação. Se tiver quadris bem roliços, se estiver mais para a tanajura do que para a Miss Universo, ganhará aplausos frenéticos ao longo de toda a passarela. O público não quer Donas Estátuas: quer Donas Boas.

É isso mesmo, meu amigos. Eu sou um esteta., vi de perto a Vênus de Milo, estou em excelentes relações com Fídias e outros “ cobras” da estatuária, sei de cor as medidas julgadas ideais para um corpo feminino, tomei banho de sol com as mais certinhas de Saint-Tropez e de Portofino, mas o homem da arquibancada do Maracanãzinho não tem nada com isso. Se eu aprovo a cara, ele aprova a coroa. Jogamos com a mesma moeda de forma inconciliável: numa face a minha Vênus, na outra face a sua alucinante tanajura.

- É bonita, não resta dúvida, mas repare como é defeituosa de quadris.
- Defeituosa? O senhor acha defeito aquela generosidade de Deus? Então viva o defeito e fique com aquelas achatadas, aquelas tábuas de passar a ferro!
- Um momento: o senhor conhece os cânones da beleza mulata?

Havia uma mulata do Renascença Clube na passarela do Maracanãzinho. Uma cara bonita, com um sorriso desses que dão vontade de pegar a mulher no colo e sair com ela sorrindo entre filas de angustiados e de vencidos. Um sorriso para cartazes de campanhas contra a depressão, pró planos trienais, ou muito mais. Contagioso, sedativo, euforizante. Eu votei nela para uma das oito finalistas. Pelo seu sorriso, pela sua maneira de olhar deixando mel na menina dos olhos da gente, pela sua humanidade em não se sentir diferente das outras vinte e três por ter a pele mais escura.

Não poderia vencer o primeiro lugar porque havia outras de corpo mas bem feito e de rosto igualmente bonito, e certamente mais harmonioso. Era um pouco baixa e pecava também por aquele excesso característico da acima referida espécie de formigas. Que pensava o povo a respeito?

Ora, o povo! O povo acabou, como sempre, que num caso desses, antes tanajura do que tábua de passar a ferro, e esquecendo seus clubes e suas candidatas passou a pedir em coro o primeiro lugar para ela: - Queremos a mulata ! Queremos a mulata! Queremos a mulata!

Tem, havido vários queremos na história deste país, inclusive o queremos Vargas, mas queremos, assim, inflamado e imperativo, duvi-d-o-dó. Era o grito do instinto, do sangue, e, em o percebendo, a mulata cada vez apurava mais o dengo e o ritmo do molejo, aumentando atrás de si as palmas que conquistara à sua frente, gloriosa na cara e ultra gloriosa na coroa.

Ah, meu caro Embaixador Lincoln Gordon ! Que pena não estar ao meu lado, na mesa julgadora, um daqueles racistas ferozes dos Estados Unidos do Sul do seu país, para ver a escurinha vencendo vinte três brancas diante do júri extra-oficial de uns quinze mil homens, quase todos brancos! De toda aquela noite eu não guardo tanto a silhueta esportiva da filha de Nora Ney, a vencedora, como guardo o sorriso da mulatinha, símbolo do nosso anti-racismo. Da nossa cristianidade igualitária. E em verdade vos digo que, nesta terra de gente igual pela alma, e não pela pele, a humanidade verá um dia ser proclamada mais bela do mundo uma negra cor de ébano ou uma mulata cor de canela. A musa de um Ataulfo, a musa de um Jamelão, pela vontade de Deus."

Aizita foi capa de muitas revistas, ingressou na carreira artística e também participou de jornalísticos na TV. 




No programa ALMOÇO COM AS ESTRELAS, de Aérton Perlingeiro, dividindo a mesa com Hebe Camargo, Leonardo Vilar e o próprio Aérton
 


Ao lado de Grande Otelo,  participou do grande sucesso  da época, o programa “Times Square”, da TV Excelsior, no quadro SAMBA DE BRANCO (composição de João Roberto Kelly)



Aizita e Grande Otelo
na entrada final do SAMBA DE BRANCO





No final dos anos 1980, Aizita Nascimento  passou a viver em São Paulo, trabalhando como enfermeira.

No próximo dia 14 de julho , a carioca Aizita Nascimento completará 74 anos.


Fontes:
acervo de revistas Manchete,
site Passarela Cultural
,
Clube Renascença